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Coronavírus : o fim dos escritórios?

Coworking

Devido a pandemia do coronavírus, coworking surge como nova oportunidade de para evitar aglomerações e reduzir custos

Ao longo dos últimos três meses, o COVID-19 se espalhou rapidamente pelos quatro cantos do mundo. Mas, se pudéssemos deixar de lado por um momento a gravidade desta situação, a pandemia do coronavírus – de maneira pouco ortodoxa – está nos fazendo refletir sobre o futuro das relações de trabalho no mundo.

Milhões de pessoas estão sendo forçadas a trabalhar de casa, juntando-se a um já não pequeno número de pessoas que o fazem por escolha ou comodidade. A pergunta que queremos levantar é: seria este o início do fim do tradicional edifício de escritórios?

Entretanto, vamos esclarecer um pouco as coisas. Obviamente, o surto de coronavírus não será o único responsável por acabar com uma lógica de relação de trabalho construída ao longo de séculos. Assim sendo, é fato que esta emergência global está forçando muitas pessoas, que não estavam habituadas a ‘trabalhar em casa’, a experimentarem o tal do ‘home office’.

O que mais nos intriga é: qual será o impacto desta experiencia na vida destas pessoas quando esta tempestade passar? Talvez isso seja o início de uma mudança de paradigma.

Desde o início do mês passado, milhões chineses passaram a trabalhar em casa. Nos Estados Unidos, funcionários da Amazon, Facebook, Google e Microsoft não deverão por os pés nas sedes físicas das empresas da cidade de Seattle até o fim do mês de março. Ao longo do mês de fevereiro, 77 empresas públicas nos Estados Unidos mencionaram a opção “trabalhar em casa”, enquanto que em janeiro eram apenas cinco.

O coronavírus pode ter provocado um aumento considerável dos funcionários que trabalham em casa, mas está longe de ser o principal motivo pelo qual as pessoas o fazem.

Vantagens do Home Office

A prática permite que muitas empresas possam ter acesso à mão de obra qualificada independentemente de limites geográficos. Por outro lado, minimiza as despesas gerais de uma empresa com custos relativos à manutenção e operação.

Um estudo realizado com 250 pessoas que trabalham em casa pela Universidade de Stanford, em 2017, também revelou que a prática tem um efeito positivo na produtividade dos seus funcionários, minimizando as faltas e principalmente a satisfação dos funcionários com o trabalho.

Do ponto de vista dos trabalhadores, as vantagens parecem bastante óbvias: menos tempo perdido com deslocamentos e melhor qualidade de vida. O conceito de home office está se tornando cada dia mais popular entre os trabalhadores.

Pesquisa sobre home office

O Global Workplace Analytics observou recentemente que 80% a 90% das pessoas empregadas nos EUA diz que gostaria de trabalhar de casa, pelo menos parcialmente. A mesma pesquisa sugere que, caso todas as pessoas dispostas a fazê-lo passassem a trabalhar em casa nos Estados Unidos, isso poderia resultar em uma economia de 700 bilhões de dólares por ano para as empresas e seus funcionários, enquanto que a economia global na emissão de gases de efeito estufa seria equivalente ao que é produzido anualmente por todos os trabalhadores do estado de Nova Iorque juntos.

Essa nova prática social terá consequências importantes na maneira como desenvolvemos nossos projetos de edifícios de escritórios, ou até mesmo de uma nova tipologia que possa surgir como resposta a este novo desafio que se desenha.

Coworking

Na vanguarda do trabalho remoto está um conceito já bem conhecido de todos nós: o coworking, que parece se firmar como o principal vínculo entre o trabalho tradicional e o remoto. Assim sendo, um espaço de escritório é criado para ser utilizado coletivamente por trabalhadores remotos de diferentes empresas. Trata-se de pessoas que não tem condições de trabalhar de casa ou que preferem ter um contato mínimo com outros seres humanos mas acabam sendo forçadas à um isolamento domiciliar ou que simplesmente não têm a possibilidade de escolher ir para o escritório.

Fonte: texto de Niall Patrick Walsh, traduzido por Vinicius Libardoni

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